domingo, 10 de janeiro de 2010

Delírios de Fausto II


Totalmente desperto, totalmente sóbrio, vi um mineral que entoava louvores ao demonio, vi espiritos que dançavam sob a luz dos signos sombrios em noite de lua nova. Vi sonhos serem consumidos, vi a feiura encardada, vi Mefistofoles dançando com um tronco rachado e podre, de um aroma fétido, li9berando liquidos de sua podridão, quando vi lá estava eu, em meio daquele tronco, sentindo um prazer imenso, de compartilhar o resultado mais podre de um ato profano, bebi da taça da grande meretriz e pude ver que de seu sangue menstrual o mundo místico e não contado pela igreja se revela muito maior, muito mais complexo, muito mais... profano e delicioso. Delírios de Fausto, por Lee.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Delírios de Fausto I


Fato é, sou um ser ausente, cuja a presença se sente pela frustração de não ser tudo aquilo que poderia ser e não foi, Há algo que me amarra e me prende, me impede que é a realidade insipida em que vivemos, a limitação do próprio homem sobre si mesmo, o medo de ser livre... Diria mais o horror da liberdade tomou o que tinhamos de melhor, o egoismo. - Delirios de Fausto por Leandro Lee-