terça-feira, 27 de janeiro de 2009


Como é cretina! Maldida, vadia de cona ligada a ovários que só servem para apodrecer ainda mais aquele tubo infestado! Ah!

Como pode uma mulher se reduzir a tanto Félix?! Uma puta é uma puta escreveu Miller, mas ainda assim ela não é de fato uma puta, apesar de não passar de uma meretriz certinha, santinha, corretinha com suas mãos em um frenético movimento alucinado de cima a baixo, sem qualquer razão coerente gritos e ganidos escorrem por aquela vala que ousam os anatomistas igualarem a outras tão ricas bocas.

Como grasna, uma pata em tudo, em seus movimentos e em sua fúria desmedida distribuida ao léu, jogando palavras ao vento sem se importar de fato com seus interlocutores que merecem aturar ao Diabo, mas não a ela.

Onde será que a empregada guardou a minha garrafa... Ah, aqui esta... Gelo, preciso de gelo... Ah, que se dane vai sem ele mesmo. Hum, um breve deleite... Maldito que sou pelo menos uma dose, ou várias, quem se importa se eu gritar? Estamos de tudo isolados, perfeitamente vedados...

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Sexta-feira...




Nada mais perfeito alem do silêncio, mal posso ouvir o som indefectivel da harpa acompanhando a flauta, som que vem de meu quarto, mas lá não quero ficar pois ainda cheira a sexo e ela ainda esta lá como uma peça morta de bruços e pernas abertas... Creio que ainda não se deu pela minha falta, já deve estar habituada, alguém que se propõe a viver assim nada mais merece alem de uma boa foda por misericordia.


Não, por misericordia não, por piedade, por sentir a mesma miséria que ela sente, o mesmo breu putrido que vive, sou sua única redenção nessa vida miseravel, pobre mulher que só no amante encontra o que em casa não tem... um pouco de arte, cultura alem do obvio.


Sim, sei bem que ela me busca não pela foda, mas por se arrepender de não exigir como ela deveria, ou de não ter exigido no tempo certo aquilo que mais necessita, uma foda por outra cansa, enche, não é por uma boa foda que vive a humanidade, nem pelo pão que cala seus estomagos vulgares.


O que podemos dizer sobre nos mesmos, sobre o que nos tornamos, limitados pelas palavras que dominamos, dominamos pelas palavras que conhecemos, o homem é o uso da palavra, seu dominio, sua manipulação e é a palavra que alimenta o que se convencionou de se chamar de alma, espirito, conciência... Tantos nomes para uma necessidade pulsante, irritante que nos rasga a mente, a razão e a vontade, atravessando a moral e a liberdade, misturando tudo em um turbilhão caotico que se encerra em mais uma dose de...


Ah Bella Fada, linda em seu brilho verde o que seria de mim sem ti!!!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Éclair.

Maldito seja o calor maldito que faz nesta miseravél terra! Como se já não bastassem os miseráveis que desconhecem o milagre do antitranspirante e do desodorante ainda me vem este calor que não se vai! Sol maldito, teima em não se retirar, teima em acreditar que é glorioso quando não passa do astro mais vulgar!
Ug! Seres gordos, inchados de tolices, de sabedoria popular e jargões televisionados no Agora o no maldito jornal das seis alem de feios entopem as vias como suas veias impedindo que eu possa passar e pedir um miserável filé de frango com fritas.
Atendimento invariavelmente péssimo, comendo ao lado dos reservados das latrinas ouvindo os guturais sonoros dos ônibus, maldita seja a educação e o bom senso, pois, afinal, quem não adoraria mandar tudo isso a merda?
Preciso sair daqui, trago a refeição a contra gosto, empurrada pelo guaraná quente diluido em água suja que um dia foi chamada de gelo, pago correndo, maldito débito que tem de processar 20 reais disperdiçados temeráriamente. A fome se foi trazendo o nojo e o desgosto, preciso de algo mais poderoso que um simples guaraná... Descendo algumas quadras havia um buraco nogento que chamavam de PUB, talvez lá, como fui miseravel quando jovem e como sou miseravel hoje ao me submeter novamente a aquele buraco em um prédio para me socorrer da vida miseravél que levo.
"Sem gelo!" Odeio quando elas se portam tão vulgares, tão fáceis, prefiro fingir que acredito que não ouviram meu pedido e estão olhando de volta para confirmar o que eu peço ao invés da clara oferta de seus corpos sem espirito para serem preenchidos por algo, pois a alma já se foi.
Algo me incomoda, não é o cheiro do lugar, não é a quantidade de pessoas nem o atendimento vulgar, mas... Quem é ela que me olha do outro canto? Não, ela não me olha, ela não me vê, ela esta me lendo desde que ignorei a garçonete, lê o que eu visto, lê como me sento, como respiro, como leio meu livro, sabe que eu a vi, mas não consigo ler nem o livro nem a ela, seu olhar me prende, me aterroriza... enfim, me fascina...