domingo, 26 de julho de 2009

Calla negra


Mais uma vez ela esteve em casa, mais uma vez uma visita rápida que deixou só o cheiro, o perfume delicioso de um sexo bem feito, uma verdadeira dama, suave como um vulcão a plenos pulmões, expelindo sensualidade para todos os lados, seus lábios, lindos, escuros que aos poucos vão tomando o carmim do sangue para si, expressão máxima de um momento intenso por vir.
Ah, suas pernas são belas e seu gosto por vinhos sóbrios, sinceros e poderosos sempre a trazem... Perfeita, linda e perfumada.
Ainda guardo a prova do último atentado, uma belissima camisa da Dudalina, reduzida a trapos em poucos segundos... Ah, aquela boca lasciva, a sensação de seus piercings frios encostando em meu corpo em chamas.
Barbara como só ela pode ser, voraz e ainda assim, única, de um cruzar de pernas preciso, o desviar do olhar direto convidando a olhar a outros atributos, por assim dizer, sim, uma das poucas que valem a pena se ter, mas que são demais para ter só para si, o mundo decididamente precisa dela...
Ela virá, mais uma vez, se sentar a minha frente, conversar por horas temas que domina, temas que a interessam, temas e mais temas.
Beberá de meus vinhos e do meu licor que colore seus lábios já avermelhados, deitará em minha cama, me tomará em seus braços para novamente partir cuidar de seus negócios por aqui...
Hum, preciso de mais vinhos, alem de um novo espumante...

domingo, 5 de julho de 2009

Apenas o necessário...


O tempo se foi... O maldito se foi sem levar com ele a memória de seu transito, maldito seja!

O passado persegue aqueles que tem memória, aqueles que a não tem assombra como um devaneio intermitente fazendo odes a vergonha de atos, cenas, momentos, estamos todos presos, sucumbimos a maldição de ser um ser político, apesar de não sermos necessariamente sociais, mais uma vez o ciclo vicioso da linguagem fática, da relação forçosa entre vizinhos, odeio todos!

Não percebem o quão presos estão, submissos a uma ordem que não os representa, mas os oprime e os mergulha na ignorância de ser constantemente e de existir jamais!

"Merda! Onde é que aquela maldita guardou a minha garrafa de wishkie!?"