domingo, 27 de janeiro de 2013

Retorno

Há eras nada escrevo, pior, há tempos nada de fato leio. Sinto um vazio enorme, sinto que abandonei meus amigos, abandonei minhas fontes, me abandonei. Mas quem de fato se importa com isso? Me lembro de amizades, que criei em um munto virtual, amizades que acrescentaram em um mundo real. B., Nívea, Lua, Fada, mulheres, sim, mulheres. Os gregos as desprezavam, mas muito produziram para nós, imaginem o que podemos produzir ao não desprezar tais fontes, de perspectivas, criatividade, carícias, prazer ... A mulher. Oh, sim a mulher. Não há fonte maior, tépidas, intermitentes, irracionais, inconsequentes, mulheres... Forçando o homem, forçando a natureza, forçando as regras, forçando, empurrando, dando literalmente a luz à humanidade. Respirem, minhas belas, continuem, perdurem... Não desistam e inspirem. Das ninfas do Tejo às drogatitas da música, inspirem. Eis um resgate, de um literato, de um libertino, de um celerado, sempre inspirado, motivado, por mulheres, pelas glórias de seus antecessores, pela a beleza torpe de um futuro incerto. Minhas belas damas, a ausência de vocês tem sido um grande tormento, a falta de escrever e de ler uma tortura. Como diria Rainer, de forma adaptada, escrever é algo que urge do ser literato, se não lhe ocorre isso, simplesmente não escreva.