segunda-feira, 23 de junho de 2008

Rainha de Sabá


Oh! Bela princesa do Leste que os mais caros presentes a esta terra traz, mas o presente maior é o seu desafio, suas charadas ao Rei. Bem vinda a esta terra, bela Rainha de Sabá. Vinde as terras frias de meu reino, traga o calor de sua criatividade e lhe darei, na medida de minhas faculdades, respostas sábias...Ah Rainha de terras férteis, concede seus dotes a este rei, inspira-o novamente, que belos cantigos a ti cantarei.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

É a hora em que dentre as ramagens... - Lord Byron

É a hora em que dentre as ramagens
Roxinóis cantam nênias sentidas;
É a hora em que juras de amores
Soam doces nas vozes tremidas,
E auras brandas e as águas vizinhas
Cada flor à noitinha de leve
Com o orvalho se inclina tremente,
E se encontram nos ceus as estrelas,
São as águas d´azul mais escuro,
Têm mais negras as cores as folhas,
Desse escuro o céu vai-se envolvendo
Docemente tão negro e tão puro
Que o dia acompanha-nas nuvens morrendo,
Qual finda o crepúsculo - a Lua nascendo.

-Anunciando a aproximação do solsticio de inverno; faltam dez dias.-

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Et plus...

"Maldição! Como fala!"
Nada melhor que ser recebido pelo silêncio, ter apenas o som das chaves caindo na mesa do hall, a pasta com seu som pesado, grave, quase etéreo representando aquilo que contém... Um belo nada! Nada de útil, nada de prestativo, fotos e mais fotos, arquivos, fichas. Ah, por que será que só as pessoas mais feias morrem de formas tão belas? Escancaradas, abertas, arregaçadas seja por dentro ou por fora. Ug! O cheiro de hipoclorito e formol impregniam de forma sem igual as roupas.
Doentes, todos não passam de doentes, ainda mais aquele diabinho de boca artificialmente avermelhada, pequeno dêmonio demente, doente! Ah! Como adoraria poder cala-la para sempre!
Me deixo cair no sofá de forma violenta, tudo cai, tudo treme, nada soa.
"Wisky!"
De um salto me levanto, movimentos secos, precisos, medidos. O som dos cubos de gelo quebrando entre minhas mãos, lembram muito o som dos crânios rachando ao baterem secos no chão, suicidas malditos.
Me pergunto o por que de algumas pessoas terem tanta necessidade de falar, falar e falar, de nada adianta! Raios, por que não pensar e então resumir o pensamento em poucas palavras diretas, sem eufemismos, sem tanta carga de ego. Ah! Ninguém merece, maldita necessidade de auto-afirmação.
Como falam e falam e falam... Será que não se cansam? Será que não existe um limite para o número de palavras que podem produzir? Quanta estupidez reunida em um ser tão pequeno.
"Hum... Nada melhor para esfriar a cabeça"
Mozart de fato foi um gênio, não apenas um prodígio, mas um gênio de fato, para que a musica acalme com tanta facilidade a fera contida em mim deve se ser mais que Davi, tem de se ser Mozart...