domingo, 14 de dezembro de 2008

Ode to Joy


Imagino... só imgino o que este ato de fato significaria ao seu compositor.

Tendo a crer que tenha sido uma obra de escarnio, de puro sarcasmo ao titulo dado, movimentos simples, cuja a parte mais marcante não exige muito do executor, pedindo apenas o inicio de uma escala simples de ré, lógico que isso para um violinista, mas vamos nos ater a obra...

É mais que claro que o titulo nos induz interpretar uma plena alegria, um jubilo transcendente, uma sensação quase espiritual, mas é de fato isso que sentimos, podemos de fato interpretar tais movimentos como um real ode ao jubilo?

Compassos 4/4, simples, muito simples, iniciando em fá sustenido, com a predominancia de notas de um tempo, movimentos rapidos de arco completo... Podemos de fato crer que composição tal seja tão leve como a alegria? Suave como exige a leveza do titulo? Eis o conflito da insustentável leveza do ser deve mesmo um ode a feliciade ser suave? Pelo visto o autor acreditou que não, o ode é antes de mais nada intenso, marcante, com temas fortes e vibrantes. Não se pode notar um Ode ao Jubilo, está mais a um escarnio ao mesmo, uma afronta, uma declaração de que o mesmo não é bem vindo, por isso tom tão agressivo, arranhando assim a face suave de ser da alegria apresentando a firmeza da realidade da vida.

Um ode a loucura de se buscar a felicidade, um ode a loucura pura e simples de se continuar vivendo, o Ode ao Jubilo é o Ode a Loucura!

(respiração ofegante seguida de risadas insandecidas)

Ah! Bela besta, como invejo o seu interesse pelo brinquedo que lhe trouxe, enquanto atiças tua mente com uma pequena bola, afogo a minha em álcool, não mero e vulgar álcool, mas uma bela dose de absinto bem servido!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Poséeder...


Estranha... Estranha essa relação de posse, de tomar para si algo que não é teu, de ter o dominio sobre algo que lhe foi entregue, ou então que foi conquistado.


Estranha essa sensação de poder que se confunde com a posse, podemos ter tanto, mas temos tão pouco poder pelo que possuimos. Posse e Poder não são congruentes, longe disso, mas por vezes correm paralelas, tão próximas, tão intimas, podemos ver o reflexo de uma na outra, mas teimam em se deformar.


Não por possuirmos que temos o controle, nem por controlarmos que temos a posse... O ciumes confunde, o sentimento se mescla a toda essa paranoia, essa loucura que é possuir, não possuimos ninguém, mas ainda assim...


Sim!


Sim!


Existe a entrega, pura e simples, o jugo declarado, a guia que nos sufoca causando deleite, prazer... Ela tem a guia do fascinio, me entrego por vontade, mas de forma secreta, ela não sabe que me tem, não imagina o que ponto de humilhação me colocaria por ela, mas sabe, sim ela sabe que sou seu.

Pode a entrega se limitar a pura e simples entrega? Sim, pode pois quando um se entrega o outro não vê opção a não ser se entregar também, extender as mãos que seguram a guia para as algemas da fraqueza, aquele que é fraco então domina, impede que o outro aja, se movimente sem sentir dentro da profundeza de seu ser o prazer do sorriso que segue as lágrimas daquele que se entregou, a entrega é portnato mutua, mas não existe em si a posse, nem o poder...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Frase do mês: Novembro

Sim! É lógico, não poderia faltar uma frase da dignissima Dra. Andrea
"...Ela fez bem em desistir de Direito, ela era boazinha de mais para ir para o inferno..."
Eis uma bela sintese do entendimento sedimentado dos estagiarios quanto a suas futuras funções...

sábado, 8 de novembro de 2008

Jogo dos Erros.



É certo que nem tudo é perfeito, em composições artisticas por vezes se peca em um ponto ou outro.

Tomando como partida um breve estudo da imagem slecionada... Sim de fato um bom contraste de cores, uma boa tonalidade de luz, posicionamento descentralizado fazendo uma composição interessante entre a figura principal e seu fundo.

Mas há um pecado gritante e tal imagem... adivinhou? Vamos, tente mais uma vez, se de fato conhece um mínimo de todas as artes pode perceber tal efeito.

Ainda não? Atente-se a figura principal, uma violinista é claro! Não meus caros, ela está bem longe de ser uma violinista! Desde a posição do violino que obrigatóriamente se apoia no ombro esquerdo, o pulso que marca as casas não deve se dobrar, fora a mão que segura o arco!

De todo, apenas uma desculpa para postar uma imagem interessante e exigir mais daqueles que se consideram artistas ignorando as artes.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Timbre


Esse som, esse som... Sim é inconfundivel! Anos dedicados a arte, ao violino renderam talvez não um violinista, mas um homem com o ouvido bem desenvolvido. Ah, sim esse timbre, delicioso timbre do cristal retendo o bruto gelo e envolvendo o glorioso liquído castanho claro, de um perfume sem igual... Ah, bendito seja o malte!

Sim, ela passou por aqui, levou o que queria levar... O extase completo, perfeito, só se encerra quando os corpos se partem depois da explosão e então novamente se dividem, seguem seus caminhos e não olham para trás.

Assim é em tudo na natureza, tudo que é perfeito é descontinuo, parituclas se chocam, se unem e se dividem, formam novas fórmulas mas não deixam de ser o que são, podem tomar até novas orientações, mas em essência não mudam...

É bem certo que umas agregam a si outras menores, anteriores ou mais antigas, se tornando maiores, mais influêntes e talvez até mais inconstantes, mas é nessa inconstância que se desmpreende o brilho, a radiação e a energia única de um elemento radiotivo...

Sim, é o que ela é, destrutiva, poderosa...

"Ah! Esse timbre! Sim é o som do gelo batendo no cristal e eis que se torna completo o meu dia, em um fim mais que perfeito encerrado em uma bela dose de wisky e tomando continuidade noite a dentro em trabalhos exaustivos ao som de Sinfonie g-moll, KV 183.Ah! Que venha a doce morte com seu beijo cálido me elevar junto ao meu caro Mozart! Que a música inunde o ser para que ele de fato tome uma existência em si e deixe de ser por ser um lucro cessante quando morto para se tornar eterno em sua plenitude artistica!Um brinde! Um brinde as artes! Das mais finas as mais nefastas! Pois assim é a morte uma dama elegantemente devassa!"

Eis que apenas ele, Félix, sempre fiel em seu silêncio brinda com seu indefectivel miado, meu dia está enfim acabado!

Exténué!

(Tosses secas)

Ah! Quão feliz não é o homem que do fruto de seu labor tem o seu deleite, quão vil não é o homem que para lucrar não extingüe tal prazer... Assim o é, assim o somos, a humanidade perdida sem sonhos, perdida em devaneios insanos, onde a glória da conquista foi perdida pela vulgar aquisição, não se galanteia mais apenas se exibe, carros, extratos.

Somo hoje todos meros pedaços ambulantes do que poderiamos ser, mesmo eu que tanto me questiono, mesmo eu que tanto me condeno estou preso ao fato de ter de ser alguém sem poder

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

"Ma Princesse..."


Ah, a minha princesa enfim... Há eras não nos encontramos, tão raros os momentos que podemos ter um com outro.
Horários, compromissos, regras e mais regras, limites meros limites a verdade a única coisa que importa o real orgasmo transcendente, inconsequente, inteligente... Como minha mente pulsa ao som de sua voz quase impubere, suas letras maduras...
"Pois é Félix, ela vem... Vem faminta, sedenta, atropelando tudo e todos para se conter diante de mim..."
Uma verdadeira explosão, contida em gestos, olhares, provocações. Tudo se torna mais belo...
O atraso, os movimentos suaves, os olhares indiretos, em cada detalhe ela se esmera, sabe que eu noto, sabe que eu olho, sabe que eu exijo.
Me pergunta por que me escondo dela, mas não, não me escondo dela, me escondo para ela, sou dela essa é a verdade, me cobrir em trevas e folhagens não torna o predador invisivel a sua presa, a verdade é que se torna irresistivel, impossivel de não se prender o olhar, admirar em um misto insano de terror e admiração.
Mas meu caro Fiodor diria:
Eu sumo de você?! Eu não respiro mais!! Não consigo nem me ver no espelho!! Ah!
Se me escondo motivos tenho, mas não... tudo que posso ver não esta ao alcance de minhas mãos... Sinto-me envergonhado minha menina, temo não te acompanhar em mais nenhum assunto, temo ter me tornado mais um de tantos, mediocres e fugazes a vagar e simplesmente vagar pela existência!
Meu nariz sozinho teria melhor sorte! (Aqui temos a eterna influência de Gógol)
Sinto estar perdendo a minha vida, aos poucos... Ah!! Morda-me para me acordar, me trazer de volta a razão! Me arranque desse pesadelo!
Entretanto nada digo, avanço suspiro a suspiro, olhar a olhar até que tudo se perde e se mistura em uma obra aos leigos confusa...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Frase do mês - Setembro

Mariana: "Lee, você é um cafageste CULT."
Dentro do contexto e salvando as devidas proporções tal definição foi dada por alguém que me conhece a pouco tempo e que conhece a obra de Moliere e ainda venera Casa Nova, tal figura em um momento de definições me enquadrou, me definiu, me configurou (de acordo com o seu livre pensamento e julgamento) como um cafageste CULT, justificando nos argumentos de que não era o cafageste tipico, tão pouco o vulgar, não seria como Don Juan que é agressivo e quase grosseiro porém não alcançava os nives de segurança do Casa Nova, criando-se assim a necessidade de se designar um termo novo, termo este supra descrito.

domingo, 28 de setembro de 2008

Ah! Raios! Mas que diabos! Maldita seja! A sua vida antes da minha!

Enfim eis que novamente me encontro no maior dilema de minha vida... Jogo ou não jogo este copo daqui de cima!?

Vidas?! Mas que vidas?! Miseraveis em sua totalidade, mediocricidade, hipocriscidade, tenho de inventar palavras para tais ignonimias verdade seja dita! Ug!

Neologismos consoantes a tais corpos em movimento, perdidos em uma existência precária, sem arte, sem a cruel verdade...

"VOCÊS SÃO TODOS IMPRESTÁVEIS!"

De que adianta gritar a estes miseráveis? De nada vale, ainda mais com esse maldito vidro duplo... alias, bendito, assim pelo menos não escuto as podridões

segunda-feira, 15 de setembro de 2008


Esta noite... a Morte se deitou comigo, cantou longos contos, doces relatos de um longinquo passado. Eis que me encontro ao lado da Morte, assim, deitado.Ela me acaricia, me enebria, me vicia em seu hálito fresco, suas caricias lascivas, me chama, me ama...Me toma em seus labios, suave e docemente, tão suave quanto uma fera pode ser. Uma voraz trigresa me devora, me olha de baixo e me convida.Ao inferno novamente quis descer, para talvez descobrir... Onde me perdi...

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Vita...


Ah! Ouço o pranto dessa massa de pixe que borbulha, grita, emite gases fétidos, colore o ar que respira!
Veja como eles gritam por socorro, calados subimissos a uma ordem que desconhecem, uma ordem falida, precária, frágil, mantida pela desordem controlada de um Direito descreditado.
Hum, a podridão do ser em meio ao seus iguais.
A vida! A vida! Viva a vida incompreendida, doentia!
Olha-la, daqui de cima, de meu 17º andar dá me uma perspectiva sem igual, uma compreensão fenomenal, onde toda a ciência faz sentido em seu método.
Vejam os físicos que da matéria, dura concreta entendem a quimica por tras dela, da quimica partem para a fisioquimica, desta encontram o atómo, compreendem suas particulas e aceleram destruindo-as para melhor entende-las.
Juristas! Com um ou dois lances de teclas, um de caneta e pimba! Eis que jaz mais uma centena de vidas, politicos experimentam teorias, respondem à mídia e não a vida! (Gargalhadas insandecidas)
Ah! Como é bela a vida! Quão compreensivel ela não fica, depois que se estrangula um espécime para estudarmos. Não é assim? A partir do fim, até o seu inicio, no inicio entender seu desenvolvimento, sua concepção... e para tudo isso temos respostas em seu fim.
"De repente... Não sei por que, mas me deu uma vontade de matar..."
Félix atras de seu novelo de lã, algo tão simples ao mesmo tão estimulante...

"Mais um copo de wisky não vai me matar... Que pena!"

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Fleur

Ah! Foi-se o tempo das flores.
Foi-se o tempo das ramagens, da coragem, da liberdade... Vivemos presos a um vício doentio, nos consumimos...
A hora passa, o minuto passa, mas o segundo se prende, impregna, intoxica a mente a carne com seu fétido teor... O segundo que meus olhos cruzam com os teus... Não imaginas quanto desprezo por ti guardo!
Olho nos olhos...
"Ah, Luiza..."
Arte imita a vida, a vida se condensa na arte, mas eis que esta parte, se desprende da podridão do ser, se liberta da expressão ignóbil que é a existência humana e, então, transende... Uh.
"Félix, tenho de parar de me encarar por tanto tempo no vidro da janela..."
Quão não é tentador lançar este copo de wisky na cabeça de um ente qualquer, um transeunte mediocre que ri de si, ri dos outros, ri de feliz... Ri de uma felicidade fugaz, sem conteudo, sem razão.
"Fugaz..."
Ah! De que adianta? De nada valem esses seres que se dizem 'humanos'.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Vibora


És, minha cara, doce serpente que se insinua, que prende no olhar o temor do encantador mais experiente.

Em ti, minha princesa, jaz o mais doce dos venenos que aos poucos se espalha e a mente vicia, aos poucos se enraisa e promove da loucura à devassidão, eleva-me ao seu nivel então.

Na loucura e no prazer nos encontramos, tu serpente e eu escorpião, cada qual com sua natureza vil e dissimulada, mas tu, e somente tu, tens a vantagem do desconhecer, pois aqueles que não te entendem por completo não podem saber, se o teu segredo é o veneno ou se sufocas de desejo.

Suas vitimas jazem junto as suas vestes, abandona na cena do crime apenas o enebriante cheiro, nem doce, nem fresco... um perfume oriental que impregna, que vicia, não por prender os tolos em sua aurea mistica, mas por despertar os mais profanos dos desejos.

Ah! O seu sexo é bom, suave e suficientemente intenso, na medida de seu desejo eleva ao extasy o mais insuficiente dos mortais...

Julieta

Oh! Jullieta!
Nossas familias se odeiam!
Nosso sangue se dagladia em nossas veias!
Mas oh! O Amor! O Amor é um deus vil que do sangue exige sua maior dedicação, sua maior dor!
Ah! A paixão e a devassidão! Do desvairo de nosso amor surgirá a rosa vermelha do sangue por nós derramado!
Oh! Baco! vinde a nosso encontro, permita que o vinho nos traga a alegria e o alivio da dor!
Pois será nessa noite que morrerão dois amores e eternos assim ficarão!

Romeu e Julieta reinterpretado por Lee

Anorexia

Enfim algo belo para o cão que sou, ossos e mais ossos, o talhe recortado doentio e nada saldavél...
"É esta a vida Félix" Nada que ingerimos presta, tudo é nogento, desgostoso, imundo... vomitamos tudo! Em uma bulemia intelectual, onde nada de novo se cria com aquilo que consumimos, os intelectuais de hoje citam, nada criam, nada desenvolvem.
Onde estão aqueles que escrevem? Que de fato pensam e param de ficarem se martirizando! Nem mesmo o Jogador é tão estupido e ignóbil quanto o ser real que convivemos, tudo tão fugaz, frivolo... Repugnante!
Prefiro não me alimentar de todo esse lixo! Moderno? Isso é moderno? Isso é atual? Por quê raios, uma problemática medieval ainda está em voga!? Me respondam! Miseráveis! Podres! Ah! A estupidez do ser humano, suas ignonimias, incopetências e sua veneração ao simples, ao fácil, ao visual, ao ESTUPIDO! Me é impressionante a idolatria aos dogmas, ao pronto, ao formatado e o terror diante o conhecimento, o desenvolvimento.
Sim, há terror em tudo que se cria pois é incompreendido, incompreensivel... ao ignorante o conhecimento é terrivel!
O estupido é o primeiro a negar o conhecimento, a se recusar em receber instrução, a dar ouvidos a razão...
"Sois anjo que me tentas e não me proteges..." Que assim seja Mme. X!
"Ah! A Arte se perdeu, sou forçado a fome e ao desespero, mas prefiro não absorver o que dizem que temos a apodrecer pelo que perecemos..."

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Un soir...


Não sou apenas um humano, não sou apenas um homem... Não sou homem como Rousseu, tão pouco o camundongo de Dostoiévski, sou uma besta fera, um verdadeiro monstro enjaulado não sigo a razão prática, tão pouco a filosofia que me é tão esparsa. Mas não deixo de ser complexo, posso não ser o touro que diante um muro cede território, nem ser o camundongo que no subsolo se esconde, sou a fera que se exibe com pompa sem revelar dentes ou garras o silêncio é o maior dom daquele que sente.

Simplório é o homem que reage naturalmente e em sua vingança ignóbil tem seu gozo, também não é bom o ultrassensual que se reprime e se castiga por suas vergonhas, resgatando as ofensas ou inventando-as, o bom que sou é a fera que não se revela no todo, mas que segredos não esconde.

Dos homens descritos nas Memórias do Subsolo sou nenhum, sou um novo, não pela modernidade de ser, mas por reconhecer o ser e pelo compreender o deixar de ser como uma constância, sou o felino que devora a carne viva, que espreita na moita planejando matar, destruir, consumir.

"Sou um tigre Félix, sou um tigre."

Félix deve entender o que eu penso, sempre quieto, fitando mais a si mesmo que a mim, perdido em seu próprio reflexo, em sua própria existência paralela; quantos mundos poderiam existir se não todos aqueles que concebemos?

"Concepção, esta ai, uma palavra difícil".

Ah, só mais uma dose e volto para a face da realidade que menos gosto...


quarta-feira, 9 de julho de 2008

Saba

Vinde princesa de Sabá,
Venha com o rei se deitar.
Tomarei de teus lábios
O mais doce do manjar

Dentre seus lábios surge
Um belo botão em chamas,
Enebriante é teu perfume,
Convite ao delirio luxuriante.
Armadilha única das damas...

Ah Princesa!
Ah Princesa!
No desafio esta sua beleza!
Dos prazeres és princesa!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Rainha de Sabá


Oh! Bela princesa do Leste que os mais caros presentes a esta terra traz, mas o presente maior é o seu desafio, suas charadas ao Rei. Bem vinda a esta terra, bela Rainha de Sabá. Vinde as terras frias de meu reino, traga o calor de sua criatividade e lhe darei, na medida de minhas faculdades, respostas sábias...Ah Rainha de terras férteis, concede seus dotes a este rei, inspira-o novamente, que belos cantigos a ti cantarei.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

É a hora em que dentre as ramagens... - Lord Byron

É a hora em que dentre as ramagens
Roxinóis cantam nênias sentidas;
É a hora em que juras de amores
Soam doces nas vozes tremidas,
E auras brandas e as águas vizinhas
Cada flor à noitinha de leve
Com o orvalho se inclina tremente,
E se encontram nos ceus as estrelas,
São as águas d´azul mais escuro,
Têm mais negras as cores as folhas,
Desse escuro o céu vai-se envolvendo
Docemente tão negro e tão puro
Que o dia acompanha-nas nuvens morrendo,
Qual finda o crepúsculo - a Lua nascendo.

-Anunciando a aproximação do solsticio de inverno; faltam dez dias.-

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Et plus...

"Maldição! Como fala!"
Nada melhor que ser recebido pelo silêncio, ter apenas o som das chaves caindo na mesa do hall, a pasta com seu som pesado, grave, quase etéreo representando aquilo que contém... Um belo nada! Nada de útil, nada de prestativo, fotos e mais fotos, arquivos, fichas. Ah, por que será que só as pessoas mais feias morrem de formas tão belas? Escancaradas, abertas, arregaçadas seja por dentro ou por fora. Ug! O cheiro de hipoclorito e formol impregniam de forma sem igual as roupas.
Doentes, todos não passam de doentes, ainda mais aquele diabinho de boca artificialmente avermelhada, pequeno dêmonio demente, doente! Ah! Como adoraria poder cala-la para sempre!
Me deixo cair no sofá de forma violenta, tudo cai, tudo treme, nada soa.
"Wisky!"
De um salto me levanto, movimentos secos, precisos, medidos. O som dos cubos de gelo quebrando entre minhas mãos, lembram muito o som dos crânios rachando ao baterem secos no chão, suicidas malditos.
Me pergunto o por que de algumas pessoas terem tanta necessidade de falar, falar e falar, de nada adianta! Raios, por que não pensar e então resumir o pensamento em poucas palavras diretas, sem eufemismos, sem tanta carga de ego. Ah! Ninguém merece, maldita necessidade de auto-afirmação.
Como falam e falam e falam... Será que não se cansam? Será que não existe um limite para o número de palavras que podem produzir? Quanta estupidez reunida em um ser tão pequeno.
"Hum... Nada melhor para esfriar a cabeça"
Mozart de fato foi um gênio, não apenas um prodígio, mas um gênio de fato, para que a musica acalme com tanta facilidade a fera contida em mim deve se ser mais que Davi, tem de se ser Mozart...

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Un jour...


"Ah, os dias enfim estão ficando mais curtos..."
Não encontro nada mais prazeroso que um bom copo de wisky, o que mais importa afinal? Não mereço? Ah, nenhum som é melhor que das boas pedras de gelo batendo no copo de cristal, nem mesmo o som daquelas feras no cio que tanto insistem em me tomar o precioso tempo. Peças miseraveis, como falam! Já não me basta o som dos trens? Daquela gente toda... Miseraveis todos eles, pobres de espirito, de conciência e de arte. Vivendo em um torpor continuo, descontinuo, de nada importa, preferem discutir fuxicos, dos fuxicos de novelicos televisivos ao invés de se enojarem de propagandas politicas com o mesmo esquema de venda de ração de gatos.
Falando em gatos... Félix é ainda melhor que muitas pessoas, um bom animal, diferente de algumas vadias ele sabe que não deve estragar os meus lençois de seda.
Porcas miseraveis, quanto não me fazem gastar tempo e paciência, todas tão enfadonhas, vazias de tal forma que nem o bom cheiro feminino compensa o oco que são, meras carangas infestadas, repletas de uma podridão sem fim. Carangas são mais interessantes, de uma beleza iconica... mas o melhor deles é o seu silêncio, ah o maravilhoso silêncio.
"Hum, Villa Lobos... Há quanto tempo que não ouvimos algo de tão bom não Félix?"
O pôr do Sol sem igual de São Paulo, nenhuma outra cidade deve ter cores como as nossas, afinal que pôr do Sol de um belo vermelho e alaranjado quando alcança a poluição alcança esse tom de marrom sujo? Daqui do alto parece tudo tão mais miseravel do que parece de baixo. Vejo aquelas almas miseraveis presas em suas rotinas vazias, sem significado, almas perdidas a vagar atras de meras notas, dinheiro virtual sem poder aproveitar o que realmente importa... Ah, o pôr do Sol, o alvorecer dos Bohemios, santos sejam! Coubert, ah Coubert quem dera conhecer aquelas que pinta, seres horriveis, quase deformados, flácidos mas carnes estas que carregam mto. mais sabor que estas novas escravas, da moda, da magreza, da futilidade... Carnes naturais, hoje meu caro artista, temos mulheres produzidas em massa, basta que tenham séries enlatadas para se reconfigurarem em algo desinteressante e previsivel.
Sinto falta de poesia, sinto falta de algo que não me deprima... ah! C´est la vie, c´est la vie... Saudades de minhas irmãs de bohemia, de conversas lançadas ao sabor do vento... ainda sinto o sabor de seus beijos, palavras ácidas, doces, sádicas, amaveis, tão deliciosamente misturadas ao absinto. Hum... Desvairos e loucuras doentis, deliciosamente doentis.
Não me lembro mais do cheiro das conas que hoje devoro por obrigação, rasgando carne e almas, fazendo elas verterem lágrimas, não por mim, ou por nós, mas por elas mesmas, por seu próprio vazio, pela sua própria inesistência. Ah! Quanta demência se encerra em tão pouco espaço! O prazer de poder sentir o osso de sua bacia em minhas mãos não supera mais o desgosto de ter de ouvir tanta coisa pré fabricada. Ug! Odeio comida enlatada, nem mesmo Félix as suporta... Mimei de mais esta besta, mas o que podia fazer? Se não era mais capaz de tragar o meu salmão, com aquele maravilhoso molho mediterraneo... Há dias não como, não só as conas fétidas que tão abertas a mim se oferecem, mas mesmo a boa garoupa não me desce mais de desgosto...
"Ah, as noites enfim duram mais... o único porém é que o wisky rende menos, preciso comprar mais."
Descer até a garagem, sorrir, desejar, responder, testar a miserável função lingüistica fática para poder dirigir por entre mediocres doidos para chegar as suas casas e serem recebidos por uma comida ruim, filhos malcriados e uma novela vagabunda. Ah, enfim o aeroporto, o único lugar que esta carteirinha miseravel é útil.
"Uma caixa com doze bottles de black label por favor (por que ser educado com manequins?!) e dois bottles de blue label. No crédito... Não, única parcela mesmo. Obrigado. (Ah, divino agradecer por cumprir com uma obrigação.)"

domingo, 18 de maio de 2008

Frase do mês: Maio

Perecin: "...Não acho que escreveria como ela, você tem um jeito mais Lord Byron de ser..."

Eu sei que faz eras que não posto nada para postar uma frase depois da outra, mas não pude deixar de colocar essa frase no mesmo dia que foi produzida.
O contexto? Comentavamos sobre Happer Lee (Não tenho certeza quanto a grafia do nome desta autora) quando disse que poderia ter escrito um livro com a historia de um general que nunca saia de sua casa por ter tido um vizinho parecido com esse general... Tinha uma empregada negra como ebano, de bom coração que cuidava do velho que nunca recebia visitas ou saia de casa, uma bela casa com vidraças enormes e um amplo jardim.
De qq. forma, nada disso importa... Rs. Afinal, comparado a Byron?! Que delicia! Rs.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Frase do mês - Abril

Marzi: "...Ah! Otimo, vamos defender padres..."

sábado, 3 de maio de 2008

난 "재타"다


O que sou se explica aos poucos... O que é Morte se não uma fase de transição? Ah, muito mais do que isso, é um processo, uma etapa sutil onde tudo se completa, se resume, onde o que somos enfim se finaliza. Não por tomar um fim, mas por enfim se definir.
É na morte que nos encontramos com a eternidade, mas não é com a morte que nos tornamos eternos... é ainda na vida, mas não a vida em si nos eterniza, mas sim as escolhas que tomamos durante a vida. Poucos de fato se torarão eternos...

What´s the real meaning of pleasure? Of pain passion? What´s the love? Why the humanity just lost they time searching for utopies, fantasy... Why they just don´t addmit the truth, the reality... Is that painfull? Reconize yourself in the mirror... Yes, you are just a beast, a demon in a cage, that´s maded by lies, just to make you more soft... less human...

Mais, qu´est-ce que c´est la Vrai de tout les chosez? Déshabiller-toi, de tout, et suis moi dans un monde de réalité sadique...

La gran question est: Je n´accord pas.

domingo, 20 de abril de 2008

Titulo I


Capitulo primeiro: A caçada de sangue

...

sábado, 19 de abril de 2008

Preâmbulo


Eu, representante da libertinagem brasileira, ortorgo um Estado Lascivo, Libertino por natureza abstrata, concreta e juridica, destinado a assegurar o exercício da liberdade sexual, o bem-estar ocioso e a celeridade como valores supremos de uma sociedade libdinosa, pluralista e sem preconceitos, fundada na orgia sexual e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução libertina das controvérsias, ortogo a seguinte CONSTITUIÇÃO DO IMPÉRIO FARAONICO DO BRASIL.

domingo, 13 de abril de 2008

Faraó


Sou Rei, sou deus! Sou maldido, indgno... Sou voraz, faminto, sedento pelo teu sangue escorrendo em lingua minha, escorrendo viscoso pelos meus braços.
Quero! Me embebedar de prazer na sua dor, ne deleitar em teu desespero!
Vou enlouquecido ao seu encontro minha meretriz, minha putinha desesperada em sua liberdade, em face a mais fria verdade... O espelho triplo se abre, revela seu corpo nu, liso e sem marcas. Há quanto tempo não te marco? Ainda consegue destinguir o chicote só pelo seu som? Terei de marca-la certamente com belos vergões avermelhados saltados em suas ancas, coxas, as vezes se cruzando... Lembra-se dele? Sim é o de montaria... Ah... Como ficam lhe bem os ferros!
Bela dama, como é belo o brilho de seus olhos, brilham mais graças as lágrimas! Ah, o som de seus gritos ainda ecoam em minha alma... Ah! Que doentio é este prazer! Basta-me lembrar de ti, de seus textos, de seus pequenos seios, suas pernas ainda ardentes a me envolver... Ah! Como é maravilhoso recordar do seu abraço, quente, úmido e envolvente, desesperado e em soluços apos os couros, seja por desobediência, seja por mero prazer... Mas sempre por vontade mais sua que minha. Ah princesa Minha, princesa da dor, das lágrimas e do meu prazer...

Sublime...

"...Lamm Gottes, das du traegst die Suende der Welt, schenke ihnen Ruhe.
Lamm Gottes, das du traegst die Suende der Welt, schenke ihnen ewige
Ruhe. Ewiges Licht leuchte ihnen, Herr, mit allen deinen Heiligen in
Ewigkeit, denn du bist ewig gut. Ewige Ruhe gieb ihnen, Herr, und
ewiges Licht leuchte ihnen."

segunda-feira, 31 de março de 2008

Arauto


Vinde! Eis que o arauto clama! Chama por suas pobres almas pecadoras! O Arauto tem fome e prazer! Sim... Oh! Quão doce é o prazer; o poder de me deleitar em assistir suas almas banhadas em pecados, sim sou o Arauto! O Arcanjo da Perdição! O Arcanjo Porno! Sou o ser vil que convidaram a vagar em vosso meio, não por admiração, mas por indentificação! Encontraram em mim um espelho capaz de suportar, refletir, a devassidade, lascivia acumulada em suas entranhas quentes e pulsantes.
Sim! Oh! Como é delicioso assitir as orgias que urgem em vossas carnes! Ah! Que carnes, avermelhadas e retesadas por um calor iniquo, herdado de geração a gerção... Oh! O pecado, o tesão de estar novamente a inalar os odores resultantes de vossas relações mais vicerais... Ah!!!
Hoje eu bebo o doce gozo daquelas que há muito perderam sua inocência...

quarta-feira, 26 de março de 2008

Frase do mês - Março

Como não tenho o que postar, resolvi adiantar o futuro habito de postar frases do mês.

Lee: "...parafraseando Caim: Acaso sou tutor de meu irmão?..."

sexta-feira, 14 de março de 2008

Exterminio...


Parem de tentar! Matem-me de uma vez! Quantos já não me ameaçaram, quantos já não tentaram, quantos não me negaram socorro quando sangrava? Corri avenidas sangrando, assustei pessoas que riam ensanguentado, banhado em meu próprio sangue.
Matem -me! Por que só ameaçar? Por que só tentar? Matem-me! Se tanto me querem terra abaixo, em uma ociosa cova. Sim, dêem o devido objetivo a aquele fosso insipido, cubram meu corpo com terra cuspida! Matem-me!
De que adiantou tudo isso? SOBREVIVI! De fato, cães incopetentes... não conseguiram me matar. Faltou-lhes a criatividade? A coragem talvez? Oportunidade sei que não. Vamos! Não é o meu sangue a preço? Quanto vale a minha vida? O alivio, o dinheiro, o simples tesão de matar? Matem-me!
Matem este cão pestilento que vive a morder com suas pragas, verdades fétidas... Sim... Não é este o seu desejo? Da peste a liberdade? Sim, sou o espelho, sim sou o mármore, sim sou aquilo tudo que negas...
MATE-ME! Faça-se este favor.

sábado, 8 de março de 2008

Eternidade.


O que sou se explica aos poucos... O que é Morte se não uma fase de transição? Ah, muito mais do que isso, é um processo, uma etapa sutil onde tudo se completa, se resume, onde o que somos enfim se finaliza. Não por tomar um fim, mas por enfim se definir.
É na morte que nos encontramos com a eternidade, mas não é com a morte que nos tornamos eternos... é ainda na vida, mas não a vida em si nos eterniza, mas sim as escolhas que tomamos durante a vida. Poucos de fato se tornam eternos, eu serei um deles... E você?

sexta-feira, 7 de março de 2008

Qui je suis?


Nasci das trevas onde o homem se perdeu, renasci quando o brilho do principio se apagou.
Sou a questão, a insubordinação do ser diante do pétrio dever ser, onde o ser perde a essência de ser para apenas seguir o dever ser mecanico, desumano.
A negação da prostituição da mente, da alma pelo conforto e a pseudo segurança garantida pela ignorância.
O que se ignora? Ah, tudo esta nesta resposta, o detalhe que se perdeu numa folha de jornal mal impressa, num sonho esquecido, num desejo suprimido.

Não me entende? Mas deseja aquilo que se esconde em meu olhar, a fera ainda livre, o espirito que não se prende...
Onde está? A sua alma, seus sentimentos, sua paixão? Perdidos no espaço e no tempo, doi ir atras.
Mas sim, sou diferente, um espirito descontence que quer sair, rasgando a carne, os olhos, as outras almas cativas em carne, trevas de ignorância e medo... Serei eu a Luz? Não... estes são os principios que as trevas do caminho iluminam, nem as estrelas que dão sentido eu sou, este é aquele que é maior que nossos parcos objetivos...
Sou...

A rosa é o meu espirito, que petala a petala anuncia a miséria de não saber amar ou ser amado, o vôo é minha indole selvagem pelos vales a correr, sem limites de horizontes, sem medo de me perder.
Deixe-me a vá alem, caminhe comigo duas milhas, alimente meu espirito e verás da fera surgir o sonho, do sonho surgir o belo, do belo enfim voltar ao inferno... Quem sois vos? Se perdeu nas referências que tomaste? O que lhe guiava? Os prédios? Nomes de ruas talvez, praças, pessoas, placas? Da rocha se fez o cascalho, do cascalho o concreto, no concreto... o abstrato se perdeu...

segunda-feira, 3 de março de 2008


O que são os principios se não são o norte, a estrela vermelha que guia a humanidade ou ainda a marca de uma morte e vitoria em carvalho tão simbolico?
De que são feitas as lagrimas que surgem em faces marmórias, os olhares "pos mortis", os movimentos involuntarios, os fluidos corporais?
Tudo não é mero questionamento? Resultado de um processo natural?
Principios inerentes ao homem? Não meus caros filosofos jusnaturalistas o que é inerente é o questionamento de principios aos quais a humanidade é incubida de obedecer ou de carregar, como uma cicatriz, uma chaga mal compreendida que aos poucos consome a carnte...
Principios são bons sim... mas segui-los sem questiona-los é seguir uma pedra cravada na terra.

sábado, 1 de março de 2008

Frase do Mês - Fevereiro

Livia: "Aleatorio."
Ah! Quem sabe definir de fato sabe. Lee tinha de dar destaque a esta frase memoravel, iconica e de fato única.
Créditos a Lee, por Lee de Lee para Lee, sendo que Lee não estava ali, quando a Lee disse o "aleatorio" que o Lee escreve aqui.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Fatos:

O que acontece em uma aula de direito internacional com o mestre Guimarães...
-Paulo Freire!
Em uma fileira proxima a mesa do professor:
-Acho que o senhor me pulou...
Logico, a nossa voz russa se manifesta:
-Raul! O "R" vem depois do "P"!

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Bom, faz tempo que não posto aqui, na realidade ainda estou sem mto. humor para postar qualquer coisa proxima ao util ou legivel, então só vou postar o resultado de um teste que se aproxima da opinião de alguns amigos e colegas sobre mim...



You are an elitist bastard. You hate people that try too hard, actually you just hate people in general. You have excellent taste in alcohol, however, and probably have an excellent collection of classical and experimental music.


What kind of goth are you?

Created by ptocheia

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Qui je suis? Je suis un garçon possédé par le démon, je suis le scorpion du désert...
Sou a sensibilidade de ser nas trevas a sobreviver, sou o sentido do caçador, a covardia da presa... Sou a intensidade perdida da "Lua dos caçadores", o cavalgar sobre a sombra de um sonho de liberdade atada por traumas incontidos.
Represento a existência de poder na arte me libertar, a Arte que a tudo e a todos liberta, do anjo ao demonio, da fera ao divino traço o meu contorno na liberdade da expressividade de uma arte incompreendida, endurecida por corações exatos, mecanicos...
A Morte me segue cabisbaixa pois a paixão é a vida explosiva de se poder ir alem do permitido, alem do proibido.
O Direito não cobre o que não compreende, a justiça não alcança a arte, com ela o mundo é injusto, com ela o mundo é só o mundo.
Elevo-me sobre um novo plano, o plano do artista, a capacidade de compreender e ir alem, desenvolver a verdade de ser humano.
Não há ameaça em meu mundo, em meu mundo há a esperança que por muitos foi perdida, o desespero de enxergar alem da carne, o terror de a alma atravessar.
Sou o escorpião sensivel aos movimentos de um agitado deserto, sinto minha presa, sinto meu caçador, todos estão diante de mim, em mim...

"As chamas de sua loucura gelam o meu coração." - Ismenia

Dizem que sou louco, mas antes de ser louco sou artista. Dizem que sou perverso, mas antes de ser perverso sou livre e na liberdade e na arte me espelho pois está nelas a essência do ser humano, ir alem da carcaça da carne, do limite da tecnica, da imprecisão do instrumento exato.
Eu vou para alem das estrelas em meus sonhos mais futeis, para alem do podre e desprezivel em meus pesadelos mais intimos...

domingo, 6 de janeiro de 2008

O estrangeiro (Lord Byron)

-"Acudiste ao reclamo, ó nobre velho!
De Alan vejo, porém, tremer a destra.
Eia! Do irmão morto bebe à memória!
Com o pulso mais seguro ergue essa taça!"

O rubor, que tingia as faces d´Alan,
Em lividez medonha converteu-se;
Gélidas bagas de um suro de morte
Por todo o corpo seu, a flux, escorrem.

Ergue, três vezes, o espumante copo,
Que não consegue aproximar dos lábios,
Pois viu, três vezes, do estrangeiro os olhos
Em cólera mortal nos seus cravados.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Lembranças


A Morte esta noite veio ter comigo, palavras que só um ser como ela pode ter, deitou-se ao meu lado e suaves sussurros me fez ver em noite quente o que só ela pode revelar. Assim disse a Morte: "Venho lembrar quem tu és, vim te lembrar também que eu sou.- suspiro- Sou aquela que te segue, com minha foice presa em seu calcanhar me guio em sentido contrário a vida caminhamos juntos, sempre estivemos juntos. Por seus meandros te seguirei, até que contemple a sua fonte e quando a rocha, ínfima, gotejante contemplar te arrebatarei para alem... -tomando o ar em volta de meu pescoço como se tomasse a própria vida- Alem das águas turvas da duvida de viver, alem das rochas da eterna ignorância. Serei eu aquela que irá lhe guiar, para a eternidade do momento, eternidade de seus últimos segundos, seu último suspiro. -após alguns segundos de deleite ao arranhar meu abdomem até o sangue fluir continuou enquanto esfregava seu traje de seda junto ao meu corpo- Ah! O deleite da eternidade pelos atos, pela história, quem alem de mim para eternizar os melhores momentos, os últimos sorrisos, risos, prazeres... o último gozo. Sou eu, a Morte que tu-passeando seus dedos em meus lábios-tens como teu espirito guia."

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008


Não havia mais dúvidas quanto ao destino de seus atos. Andava com passos largos e firmes, sem rodeios ou hesitações, agora era tudo ou nada. Não sabia se faria o certo, mas tinha consigo tudo que precisaria e mais uns extras para eventuais imprevistos. Cabeça baixa entrou sorrateiramente, ninguém por perto. Melhor assim.
O ar pesava, de certa forma podia sentir o cheiro que mais desejava, ah o sexo feminino, pode existir melhores lábios para serem beijados? Não chegou nem a olhar, sua mão foi mais rápida, a irracionalidade mais forte e em dois movimentos já arrancava o primeiro suspiro. Manipulava de forma quase grotesca seu único desejo doentio...
Aproveitou-a ao máximo, cada milímetro de pele, cada orifício, cada gemido, abusou-a. Sem pudor algum, nem limite, deu-lhe um prazer tremendo. Estavam sós e ele conseguiu ir além daquilo que queria, ficou louco, alucinado. Em um último momento de embriaguez, pegou a faca que trouxera e usou-a, pequenos cortes sangravam no corpo nu. Ele olhou-a extasiado, ela tremia de medo.
Era um tremor paralisante, ao mesmo tempo excitante, doente e delicioso. A cada novo corte se permitia a mais, não se saciava em apenas abri-la mais e mais, metia os dedos, o sexo a língua, penetrou-a em cada seio, pelo o que deveria ser o umbigo. Ah! Não, não pode se limitar, sou um artista, rasgou-a enfim do anus ao diafragma abrindo-a em uma gloriosa escultura como uma vaca pronta para o frigorífico, era sim. Não passava de uma vaca antes não deveria morrer de outra forma.
Divertiu-se horrores, estava todo sujo de sangue, gozo e saliva. A faca na mão, respiração ofegante, olhar vidrado, segurando um corpo despedaçado, sem nenhum sinal de vida. Parou de repente, olhou a cena toda, largou aquilo e correu no banheiro. Vomitou muito e depois tomou um banho demorado, não conseguia entender certos impulsos que tinha. Voltou à desordem e pegou suas coisas, saiu sem nem olhar pra trás.
Quando deu por si já estava correndo, mas afinal o que estou fazendo? Então diminuiu aos poucos tentando dirigir normalmente, absorto, movido por uma certa inércia delirante.
Aos poucos foi se afundando no banco, como se quisesse se esconder em algo, dentro do banco, dentro de si mesmo, louco! Louco, sim estava louco.
Porque, diabos, havia feito aquilo? Sadismo arrogante e prepotente, desejo mórbido e absurdo! Ele não tinha esse direito, o que ela fizera afinal? Nada! Acelerou o carro, fechou os olhos e indo de encontro a um muro distante, deixou-se levar. Provocou um barulho imenso, as pessoas olhando curiosas, aliviou sua culpa com a própria morte. Ou não...
Por Lee e B. Texto antigo.

Aos poucos língua descreve,
Desenhos úmidos, quentes.
Enquanto corre indecente,
Sangue o seio enrubrece.

Sangue vil e quente desce,
Conduzo pela língua ardente
Desce sempre insandescente,
Do seio a aureola enrijece.

A vontade encerra o verbo
Intensidade que escancara
O deleite libertino é certo.

Desenhos, indecente brilho,
Contornados pela língua,
Oh sangue! Guia do desvairo.