sexta-feira, 14 de março de 2008
Exterminio...
Parem de tentar! Matem-me de uma vez! Quantos já não me ameaçaram, quantos já não tentaram, quantos não me negaram socorro quando sangrava? Corri avenidas sangrando, assustei pessoas que riam ensanguentado, banhado em meu próprio sangue.
Matem -me! Por que só ameaçar? Por que só tentar? Matem-me! Se tanto me querem terra abaixo, em uma ociosa cova. Sim, dêem o devido objetivo a aquele fosso insipido, cubram meu corpo com terra cuspida! Matem-me!
De que adiantou tudo isso? SOBREVIVI! De fato, cães incopetentes... não conseguiram me matar. Faltou-lhes a criatividade? A coragem talvez? Oportunidade sei que não. Vamos! Não é o meu sangue a preço? Quanto vale a minha vida? O alivio, o dinheiro, o simples tesão de matar? Matem-me!
Matem este cão pestilento que vive a morder com suas pragas, verdades fétidas... Sim... Não é este o seu desejo? Da peste a liberdade? Sim, sou o espelho, sim sou o mármore, sim sou aquilo tudo que negas...
MATE-ME! Faça-se este favor.
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Um comentário:
Olha só o que eu achei andando por essas ruas negras... Menino, vc por aqui? Bom saber. :)
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