sexta-feira, 7 de março de 2008

Qui je suis?


Nasci das trevas onde o homem se perdeu, renasci quando o brilho do principio se apagou.
Sou a questão, a insubordinação do ser diante do pétrio dever ser, onde o ser perde a essência de ser para apenas seguir o dever ser mecanico, desumano.
A negação da prostituição da mente, da alma pelo conforto e a pseudo segurança garantida pela ignorância.
O que se ignora? Ah, tudo esta nesta resposta, o detalhe que se perdeu numa folha de jornal mal impressa, num sonho esquecido, num desejo suprimido.

Não me entende? Mas deseja aquilo que se esconde em meu olhar, a fera ainda livre, o espirito que não se prende...
Onde está? A sua alma, seus sentimentos, sua paixão? Perdidos no espaço e no tempo, doi ir atras.
Mas sim, sou diferente, um espirito descontence que quer sair, rasgando a carne, os olhos, as outras almas cativas em carne, trevas de ignorância e medo... Serei eu a Luz? Não... estes são os principios que as trevas do caminho iluminam, nem as estrelas que dão sentido eu sou, este é aquele que é maior que nossos parcos objetivos...
Sou...

A rosa é o meu espirito, que petala a petala anuncia a miséria de não saber amar ou ser amado, o vôo é minha indole selvagem pelos vales a correr, sem limites de horizontes, sem medo de me perder.
Deixe-me a vá alem, caminhe comigo duas milhas, alimente meu espirito e verás da fera surgir o sonho, do sonho surgir o belo, do belo enfim voltar ao inferno... Quem sois vos? Se perdeu nas referências que tomaste? O que lhe guiava? Os prédios? Nomes de ruas talvez, praças, pessoas, placas? Da rocha se fez o cascalho, do cascalho o concreto, no concreto... o abstrato se perdeu...

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