Imagino... só imgino o que este ato de fato significaria ao seu compositor.
Tendo a crer que tenha sido uma obra de escarnio, de puro sarcasmo ao titulo dado, movimentos simples, cuja a parte mais marcante não exige muito do executor, pedindo apenas o inicio de uma escala simples de ré, lógico que isso para um violinista, mas vamos nos ater a obra...
É mais que claro que o titulo nos induz interpretar uma plena alegria, um jubilo transcendente, uma sensação quase espiritual, mas é de fato isso que sentimos, podemos de fato interpretar tais movimentos como um real ode ao jubilo?
Compassos 4/4, simples, muito simples, iniciando em fá sustenido, com a predominancia de notas de um tempo, movimentos rapidos de arco completo... Podemos de fato crer que composição tal seja tão leve como a alegria? Suave como exige a leveza do titulo? Eis o conflito da insustentável leveza do ser deve mesmo um ode a feliciade ser suave? Pelo visto o autor acreditou que não, o ode é antes de mais nada intenso, marcante, com temas fortes e vibrantes. Não se pode notar um Ode ao Jubilo, está mais a um escarnio ao mesmo, uma afronta, uma declaração de que o mesmo não é bem vindo, por isso tom tão agressivo, arranhando assim a face suave de ser da alegria apresentando a firmeza da realidade da vida.
Um ode a loucura de se buscar a felicidade, um ode a loucura pura e simples de se continuar vivendo, o Ode ao Jubilo é o Ode a Loucura!
(respiração ofegante seguida de risadas insandecidas)
Ah! Bela besta, como invejo o seu interesse pelo brinquedo que lhe trouxe, enquanto atiças tua mente com uma pequena bola, afogo a minha em álcool, não mero e vulgar álcool, mas uma bela dose de absinto bem servido!
2 comentários:
Absinto... ah, essa bebida dos demônios. Nada é mais a tua cara do que absinto, Lee!
Bjs pra ti.
Explicações saltitam ofegantes pelo teu texto... sensações, música, literatura, título do blog, absinto.
Adoro essa tua maneira de ser. É como uma assinatura. Na verdade, é o que te torna singular.
Postar um comentário