domingo, 14 de dezembro de 2008

Ode to Joy


Imagino... só imgino o que este ato de fato significaria ao seu compositor.

Tendo a crer que tenha sido uma obra de escarnio, de puro sarcasmo ao titulo dado, movimentos simples, cuja a parte mais marcante não exige muito do executor, pedindo apenas o inicio de uma escala simples de ré, lógico que isso para um violinista, mas vamos nos ater a obra...

É mais que claro que o titulo nos induz interpretar uma plena alegria, um jubilo transcendente, uma sensação quase espiritual, mas é de fato isso que sentimos, podemos de fato interpretar tais movimentos como um real ode ao jubilo?

Compassos 4/4, simples, muito simples, iniciando em fá sustenido, com a predominancia de notas de um tempo, movimentos rapidos de arco completo... Podemos de fato crer que composição tal seja tão leve como a alegria? Suave como exige a leveza do titulo? Eis o conflito da insustentável leveza do ser deve mesmo um ode a feliciade ser suave? Pelo visto o autor acreditou que não, o ode é antes de mais nada intenso, marcante, com temas fortes e vibrantes. Não se pode notar um Ode ao Jubilo, está mais a um escarnio ao mesmo, uma afronta, uma declaração de que o mesmo não é bem vindo, por isso tom tão agressivo, arranhando assim a face suave de ser da alegria apresentando a firmeza da realidade da vida.

Um ode a loucura de se buscar a felicidade, um ode a loucura pura e simples de se continuar vivendo, o Ode ao Jubilo é o Ode a Loucura!

(respiração ofegante seguida de risadas insandecidas)

Ah! Bela besta, como invejo o seu interesse pelo brinquedo que lhe trouxe, enquanto atiças tua mente com uma pequena bola, afogo a minha em álcool, não mero e vulgar álcool, mas uma bela dose de absinto bem servido!

2 comentários:

disse...

Absinto... ah, essa bebida dos demônios. Nada é mais a tua cara do que absinto, Lee!

Bjs pra ti.

Bárbara Lemos disse...

Explicações saltitam ofegantes pelo teu texto... sensações, música, literatura, título do blog, absinto.

Adoro essa tua maneira de ser. É como uma assinatura. Na verdade, é o que te torna singular.