segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Poséeder...


Estranha... Estranha essa relação de posse, de tomar para si algo que não é teu, de ter o dominio sobre algo que lhe foi entregue, ou então que foi conquistado.


Estranha essa sensação de poder que se confunde com a posse, podemos ter tanto, mas temos tão pouco poder pelo que possuimos. Posse e Poder não são congruentes, longe disso, mas por vezes correm paralelas, tão próximas, tão intimas, podemos ver o reflexo de uma na outra, mas teimam em se deformar.


Não por possuirmos que temos o controle, nem por controlarmos que temos a posse... O ciumes confunde, o sentimento se mescla a toda essa paranoia, essa loucura que é possuir, não possuimos ninguém, mas ainda assim...


Sim!


Sim!


Existe a entrega, pura e simples, o jugo declarado, a guia que nos sufoca causando deleite, prazer... Ela tem a guia do fascinio, me entrego por vontade, mas de forma secreta, ela não sabe que me tem, não imagina o que ponto de humilhação me colocaria por ela, mas sabe, sim ela sabe que sou seu.

Pode a entrega se limitar a pura e simples entrega? Sim, pode pois quando um se entrega o outro não vê opção a não ser se entregar também, extender as mãos que seguram a guia para as algemas da fraqueza, aquele que é fraco então domina, impede que o outro aja, se movimente sem sentir dentro da profundeza de seu ser o prazer do sorriso que segue as lágrimas daquele que se entregou, a entrega é portnato mutua, mas não existe em si a posse, nem o poder...

2 comentários:

Tan disse...

Lindo ,
nossa....

Lee disse...

Obrigado Tan, seu comentário singelo certamente não passou sem ser notado. Fico agradecido que tenha comentado.