sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Vibora


És, minha cara, doce serpente que se insinua, que prende no olhar o temor do encantador mais experiente.

Em ti, minha princesa, jaz o mais doce dos venenos que aos poucos se espalha e a mente vicia, aos poucos se enraisa e promove da loucura à devassidão, eleva-me ao seu nivel então.

Na loucura e no prazer nos encontramos, tu serpente e eu escorpião, cada qual com sua natureza vil e dissimulada, mas tu, e somente tu, tens a vantagem do desconhecer, pois aqueles que não te entendem por completo não podem saber, se o teu segredo é o veneno ou se sufocas de desejo.

Suas vitimas jazem junto as suas vestes, abandona na cena do crime apenas o enebriante cheiro, nem doce, nem fresco... um perfume oriental que impregna, que vicia, não por prender os tolos em sua aurea mistica, mas por despertar os mais profanos dos desejos.

Ah! O seu sexo é bom, suave e suficientemente intenso, na medida de seu desejo eleva ao extasy o mais insuficiente dos mortais...

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