domingo, 26 de julho de 2009

Calla negra


Mais uma vez ela esteve em casa, mais uma vez uma visita rápida que deixou só o cheiro, o perfume delicioso de um sexo bem feito, uma verdadeira dama, suave como um vulcão a plenos pulmões, expelindo sensualidade para todos os lados, seus lábios, lindos, escuros que aos poucos vão tomando o carmim do sangue para si, expressão máxima de um momento intenso por vir.
Ah, suas pernas são belas e seu gosto por vinhos sóbrios, sinceros e poderosos sempre a trazem... Perfeita, linda e perfumada.
Ainda guardo a prova do último atentado, uma belissima camisa da Dudalina, reduzida a trapos em poucos segundos... Ah, aquela boca lasciva, a sensação de seus piercings frios encostando em meu corpo em chamas.
Barbara como só ela pode ser, voraz e ainda assim, única, de um cruzar de pernas preciso, o desviar do olhar direto convidando a olhar a outros atributos, por assim dizer, sim, uma das poucas que valem a pena se ter, mas que são demais para ter só para si, o mundo decididamente precisa dela...
Ela virá, mais uma vez, se sentar a minha frente, conversar por horas temas que domina, temas que a interessam, temas e mais temas.
Beberá de meus vinhos e do meu licor que colore seus lábios já avermelhados, deitará em minha cama, me tomará em seus braços para novamente partir cuidar de seus negócios por aqui...
Hum, preciso de mais vinhos, alem de um novo espumante...

2 comentários:

..onde fica marraquexe.. disse...

Ótimo espaço... tbm gosto muito do Henry Miller, tem um pouco deste perfume no ar
bem legal.

Bárbara Lemos disse...

Que escrita delicada, suave e sensual... adorei, Lee. Mesmo.