sábado, 11 de abril de 2009

Princesa

Bela flor de lótus, princesa dentre as vagens retorcidas do pântano, mais uma entre tantas flores. Lírio dos vales que sob a brisa da tarde lança seu perfume e seus feitiços, todas as flores tão suaves, tão submissas, tão presas...Bela dama que dança por entre as flores,

"...Oh! Protege as surpresas deste canto,
De vil ambição castigada por destino
Do Julgamento impertinente da razão;..." - Horace Walpole

Pois somos da natureza e ela como vento me fez, livre para ser o que é, preso para perder a razão de ser. Sou como o Andaluz que belo é correndo por entre os vales espanhóis, lutando por seu espaço, por sua posição, pelo direito de cobertura.Nascemos do horror, de uma singela semente ou do sangue, mas ainda assim somos belos e poderosos em nossa natureza, respeitando o que nos somos mais do que onde estamos ou de onde viemos, pois o que somos surge de uma centelha prima de uma escolha sempre difícil que não nos garante a felicidade, mas apenas o destaque do meio.Pégasus surgiu do sangue da Górgona, de um ato horrendo e pelo horror intitulado como heróico, não por ser belo se separou de sua origem, mas por suas escolhas pode voar e não por voar foi de todo livre pois o homem caça aquilo que lhe é diferente, seja estranho ou surpreendente, maravilhoso ou repulsivo, ser enfim diferente é o requisito para ser perseguido.A liberdade é terrivel e pelo horror que causa é tão mitificada, como um cavalo que corre pelos prados assim é o meu espirito, assim é a minha mente mesmo que meu corpo teime em ser preso por correntes... pelos elos fragéis da moral, da diginidade, dos principios e do dever...

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