sábado, 11 de abril de 2009

Geografia da fertilidade

É interessante como a geografia do oriente médio pode se tornar uma descrição erotica...
Das Colinas de Golã descendem as águas que sanam a sede da terra que emana leite e mel, dai temos a ferilidade do Tigre e Eufrates que formam em seu meio o gérmen da civilização conhecida, o grande útero da humanidade e desembocando águas tépidas e fertilidade, formando um verdadeiro mar de água temos o Nilo, o canal que se encerra em um belissimo e fértil delta.
Assim temos como as Colinas de Golã os seios formosos de uma dama, emanando leite e alimentando todo um deserto de existência, no ventre podemos deslumbrar o traçado quase paralelo e quase tangente dos rios Tigre e Eufrates, indo alem, poderiamos dizer que os mesmos são as trompas de uma fêmea de útero fumegante, pulsante de vida e fertilidade. O belissimo delta que por vezes se encontra liso e por outras recoberto de uma viva mata, que se encerra em um verdadeiro rio, caudaloso, de águas mornas aquecidas no fogo do deserto, fogo este que gera uma fome consumista, uma sede tal que só pode ser descrita pelo seu fluxo constante de águas que se encerram no mar de vontades...
Alias, devemos lembrar que assim como as regras femininas enriquecem de cor tal licor a história mitica enriquece as águas do nilo de mesmo sangue, seria essa uma analogia válida a ponto de reforçar a tese de que a geografia do mundo é pervertida?

Um comentário:

Bárbara Lemos disse...

Totalmente pervertida... risos.
Adorei o ponto de vista, Lee.

Beijo meu.